Páginas

domingo, 28 de julho de 2013

Estou absolutamente viciada na série sueca/dinamarquesa Bron/Broen. Costumo dizer que nem pareço pessoa do sul, do Mediterrâneo, das oliveiras, do calor e do sol. Costumo dizer que noutras vidas terei andado por uma geografia diferente. Tenho uma séria fixação pela Escandinávia, apesar de honestamente me saber incapaz de lidar com o frio que nos gela todos os pêlos que nos revestem a pele, e apesar de cinzento ser a minha cor preferida, faltar-me-ia o amarelo do sol e o azul do mar. Mas gosto daquela organização quase ditatorial - culpa dos meus traços obsessivos - e vivia encantada numa casa com grandes janelas e o chão de madeira pintado de branco. Isto para dizer que na minha nova série preferida, uma vez mais confirmo a importância da temporalidade que nos aproxima das personagens e nos faz sentir que podíamos ser uma delas. Sabem quando vemos uma cena em que alguém faz uns ovos mexidos no mesmo tempo e com a mesma preparação que nós? É isso que me alimenta - não literalmente, entenda-se - quando vejo essas imagens carregadas de uma ficção real. Bron é cinzento, as personagens são cinzentas e estranhas. E eu gosto, muito.

Sem comentários: