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sábado, 3 de agosto de 2013

Da janela regista-se pouca vida. Agosto é a altura das migrações, com a maior parte a rumar a sul. Está um sol suficiente para me aquecer o corpo e a alma, mas eu refugio-me em casa com uma maldita indisposição que me obriga à companhia de uma água chalada cheia de açúcar. Tenho os rapazes fora, e uma profunda injustiça apodera-se de mim como que a dizer-me que tenho obrigação de fazer algo mais com o meu tempo. Esta merda de exigências que eu própria me encarrego de criar... Ouço música, viro páginas de livros, vejo o Fiel Jardineiro, outra vez, e dói-me a alma pensar naquela realidade e por momentos esqueço-me da minha (insignificante) indisposição.

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